As funções que vão ser mais valorizadas no futuro do mercado de trabalho, serão as que, de forma direta ou indireta, estiverem ligadas às tecnologias e à sociedade da informação. A transformação digital, presente no nosso dia a dia em praticamente todos os produtos e serviços, vai ter impacto no futuro das profissões em todo o Mundo.
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Índice
A Pandemia e a Transformação Digital
A recessão global em 2020, causada pelo confinamento durante a crise pandémica da Covid-19, vem acelerar a adoção de tecnologias de automação e do comércio eletrónico.
Haverá uma expansão do trabalho remoto com impacto no bem estar e qualidade de vida dos trabalhadores, podendo-se agravar as desigualdades já existentes se não houver um esforço proativo da comunidade.
Com o aumento do conhecimento científico e das tecnologias na área da saúde, alcançámos, em poucas décadas, uma esperança de vida muito maior.
É expectável que venha a ser possível não termos de nos deslocar a um hospital ou centro de saúde, para fazer uma avaliação clínica.
Com a informação clínica das pessoas, disponível nos sistemas de saúde e com adequados algoritmos de inteligência artificial, o diagnóstico e o tratamento mais adequado podem vir a ser ministrados de forma autónoma.
Mas, também, com o aumento da idade média da população, a área da saúde e bem estar é uma das áreas com forte potencial de crescimento.
Os futuros profissionais desta área serão assim, os médicos, enfermeiros, cuidadores, fisioterapeutas, geneticistas, especialistas em saúde mental, walker talkers e engenheiros biológicos e técnicos hospitalares entre outros.
A “Economia Verde” também terá maior relevância. A engenharia ambiental e as especialidades ligadas ao impacto das alterações climáticas, enfrentam desafios para conciliar tecnologia com ambiente, energias alternativas e renováveis, gestão de resíduos e abastecimento de água potável, que vai ser escassa em Portugal.
O Futuro das Profissões no Mundo, 2020-2025
O Relatório “The Future of Jobs” de Outubro de 2020 do World Economic Forum, aponta para um conjunto de profissões no mundo, como sendo as de maior procura no futuro,
- Especialista em comércio eletrónico
- Programadores de aplicações
- Analistas e cientistas de dados
- Especialistas em redes sociais
- Especialistas em vendas e marketing digital
- Conselheiros em estratégia
- Gestores de inovação
- Profissionais em desenvolvimento organizacional
- Programadores e gestores de sites
- Especialistas em big data
- Especialistas em inteligência artificial e aprendizagem automática (machine learning)
- Especialistas em realidade virtual, realidade aumentada, impressão 3D
- Engenheiros e arquitetos 3D
- Gestores de talentos
- Engenheiros informáticos
- Profissionais de ciber segurança
- Especialistas em ética e direito do ciberespaço
- Analistas em automação de processos
- Engenheiros de robótica
- Gestores de projetos,
- Especialistas em nanotecnologias,
- Especialistas de transformação digital
- Profissionais em bases de dados e redes
- Especialistas em blockchain
A tecnologia blockchain, ainda muito discutida e controversa nos aspéticos éticos e políticos, tem na sua base a criação das criptomoedas (bitcoins, etherium, litecoin, entre outras).
Esta tecnologia implica uma mudança de paradigma, da armazenagem de dados centralizada numa entidade para uma cadeia de recursos computacionais que partilham e validam a informação.
Don e Alex Tapscott consideram que estas tecnologias permitem fazer transações monetárias seguras e são o início de um novo ciclo da “Internet of Value” (IoV) uma evolução da Internet of Information (IoI) e da Internet of Things (IoT).
Para além do conhecimento técnico das soft skils, são necessárias capacidades de pensar de forma crítica e inovadora, “thinking skills”, e conhecer e aprender continuamente as técnicas digitais, “digital skills”.
Jeanne C. Meister considera que são estas as novas “power skills”, capacidades necessárias para o futuro das profissões e dos trabalhadores.
O Fator Humano no Futuro das Profissões no Mundo
Há funções ligadas à saúde onde o contacto humano se exige que seja feito com sensibilidade e afeto, dificilmente substituível pela tecnologia dos robots e da inteligência artificial.
Há capacidades muito difíceis de serem substituídas pela robotização.
Criatividade, iniciativa, liderança, resiliência, orientação ao serviço (cliente ou resultado), capacidade de negociação, pensamento analítico e crítico, resolução de problemas complexos, literacia digital, gestão de pessoas, planeamento e coordenação, inteligência emocional, capacidade de julgamento, pensamento estratégico, flexibilidade cognitiva, condução da mudança, raciocínio lógico, capacidades de comunicação e colaboração, bem como a capacidade de trabalhar em equipa, serão cada vez mais necessárias.
Cada um, de per si, terá de ser capaz de gerir o seu próprio desenvolvimento para poder aprender ativamente, usando os recursos de formação disponíveis globalmente.
As empresas têm, também, de se adaptar e criar condições para os seus colaboradores evoluírem no conhecimento e progredirem profissionalmente.
Os trabalhadores, para terem mais oportunidades de evolução, têm de estar constantemente a aprender, a ganhar novas experiências e sem receio dos desafios da mudança.
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The Future of Jobs Report October 2020 World Economic Forum
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